Rui e Wagner rechaçam disputa entre eles por cargos no governo Jerônimo
Petistas são amigos desde os anos 1980
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), e o senador Jaques Wagner (PT-BA) negaram nesta sexta-feira (22), que haja qualquer disputa política entre eles. Ambos os petistas acusaram parte da imprensa de estarem fomentando uma briga que nunca existiu.
Os petistas são amigos desde os anos 1980, quando atuavam no movimento sindical do Polo Industrial de Camaçari. Em 2014, quando era governador da Bahia, Wagner indicou Rui como seu sucessor, conseguindo a eleição do correligionário no primeiro turno.
De lá para cá, a relação entre os dois ficou mais distante e isso não passou despercebido na classe política. Neste momento, segundo membros do próprio governo Jerônimo revelam sob anonimato, tanto Wagner quanto Rui disputam por indicações na reforma do secretariado preparada por Jerônimo. Ambos, porém, negam.
“Não há guerra entre Rui, eu e Jerônimo. Não existe essa possibilidade. São três lideranças maduras. É bom que cada um tenha a sua coloração, a sua característica. Mas isso não quer dizer adversidade. Não tem disputa nenhuma. Não estou disputando nenhum cargo dentro do governo de Jerônimo e imagino que Rui também não”, declarou Wagner.
“Essa suposta crise só existe nos blogs e nos sites. Eu fiz com Jerônimo o que Wagner fez comigo: eu não pedi nenhuma secretaria, nenhuma empresa, nenhum órgão ao governador Jerônimo, assim como Wagner não me pediu. Essa é a receita do sucesso”, garantiu Rui.
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O titular da Casa Civil do presidente Lula (PT) ainda assegurou que continuará sem fazer qualquer indicação de nome para o governo de Jerônimo, dando liberdade para que o atual governador administre o Estado.
“Não tem nenhum fundamento isso. Eu repito: não pedi nenhuma secretaria e nenhum órgão ao governador. E nem vou pedir! As opiniões, eu dou a ele toda vez que ele me pede uma opinião. Ou quando ele senta comigo para dialogar, como Wagner sentava comigo para dialogar”, acrescentou Rui.
Wagner também reforçou que, apesar de manter conversas frequentes com Jerônimo e com Rui, a decisão sobre os nomes a compor o governo serão inteiramente do governador, que possui liberdade para isso.
“Cabe ao governador fazer as mudanças que ele acha conveniente para dar mais dinâmica, eventualmente, nas áreas que ele considerar que estão precisando dessa alavancada. Aí é um critério dele. Posso ter conversas com ele, com Rui, mas são conversas de consulta interna. A decisão é de quem tem a caneta. E quem tem a caneta é Jerônimo”, disse o senador.
Rui ainda lamentou a “fofoca” sobre a suposta briga entre ele e Wagner, garantindo que não há qualquer arranhão na amizade mais que quarentenária.
“Eu tenho uma relação com Wagner de mais de 40 anos. Não tenho nenhuma dificuldade com ele, não tem nenhum arranhão na minha relação com ele. Então, não procede nenhuma dessas informações de que eu estaria disputando com ele as secretarias A, B ou C”, concluiu.
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